quem orquestrou a balada astral?

Haverá algo maior do que o mistério do nosso propósito na terra? Em certos dias, quando me sinto mais meditativa, acredito que o amor seja um deles. 

Ninguém sabe muito bem o que acontece, que conexões fazer ou botões pressionar. Sem fórmula nem tutorial. Pode ser da noite para o dia ou pode demorar anos. Tão difícil que até há quem desista de o viver. Talvez fosse uma dessas pessoas, que não conseguia compreender porque é que não podia viver um amor também. 

E do nada, plim.

Logo a mim, que até acreditava que não havia peça que encaixasse comigo. Afinal, não era esquisita. Ele é que ainda não tinha chegado. 

Como é que, separados por um longo e vasto mar, nos fomos encontrar assim? Se calhar, havia mesmo alguma conexão. Só pode. Um fiozinho invisível, mágico e um bocadinho de nada maléfico andava a magicar das suas. A orquestrar um grande amor entre duas personagens que foram bater à mesma porta, à mesma hora. 

Questiono-me como é que fomos parar um ao outro, porque, afinal, o amor podia estar mesmo ao virar da esquina, mas o meu está a 1004 km da minha raiz. 

É difícil saber quem orquestrou esta balada astral, mas é fácil sentir que estou no ritmo certo. 

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